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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Septuaginta - Daniel - Capítulo 2

1 No segundo ano do seu reinado Nabucodonosor teve um sonho, e o seu espírito ficou perturbado, apartando-se dele o seu sono.
2 O rei deu ordem para chamar os encantadores, os magos, os feiticeiros e os caldeus a fim de declararem ao rei os seus sonhos. Vieram eles e apresentaram-se diante do rei.
3 E o rei lhes disse: Eu sonhei, e meu espírito perturbou-se a fim de entender o sonho.
4 Então os caldeus falaram ao rei em siríaco, dizendo: Ó rei, vive para sempre! Dize o sonho aos teus servos, e iremos declarar-te a sua interpretação.
5 Respondeu o rei aos caldeus: A coisa já não está mais em meu pensamento. Se não me fizerdes saber o sonho e a sua interpretação sereis despedaçados e as vossas casas saqueadas.
6 Porém, se me fizerdes saber o sonho e a sua interpretação recebereis de mim dons, presentes e muita honra. Tão somente digam-me o sonho e a sua interpretação.
7 Responderam eles, pela segunda vez, dizendo: Diga o rei o sonho aos seus servos e iremos declarar-lhe a sua interpretação.
8 Mas o rei respondeu, dizendo: Sei, verdadeiramente, que estais tentando ganhar tempo, porque vedes que a coisa já passou de mim.
9 Portanto, se não me declarardes o sonho saberei que vos tendes concertado para proferir diante de mim uma fábula falsificada e corrompida, até que o tempo tenha passado. Dizei-me o sonho que tive e conhecerei que ireis também declarar para mim a sua interpretação.
10 Responderam os caldeus ao rei, e disseram: Não há homem sobre a terra que seja capaz de dar a conhecer a palavra do rei; porquanto nenhum grande rei ou governante fez tal pergunta a um mago, mágico ou caldeu.
11 A pergunta que o rei faz é difícil, e não há mais ninguém que a responderá perante o rei senão os deuses, cuja morada não é com alguma carne.
12 Então o rei, cheio de ira e furor, ordenou que matassem a todos os sábios de Babilônia.
13 Saiu o decreto, e começaram a matar os sábios. E buscaram a Daniel e a seus companheiros para matá-los.
14 Daniel falou com conselho e prudência a Arioque, capitão da guarda real que tinha saído para matar os sábios de Babilônia, dizendo-lhe:
15 Capitão do rei, por que motivo saiu o comando peremptório do rei? E Arioque deu a conhecer o assunto a Daniel.
16 Então Daniel suplicou ao rei para dar-lhe tempo, pois que ele, assim, poderia declarar ao rei a sua interpretação.
17 Daniel foi para a sua casa e deu a conhecer o assunto para Hananias, Misael e Azarias, seus amigos.
18 E buscaram eles as misericórdias do Deus do céu sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus amigos não perecessem com o restante dos sábios de Babilônia.
19 Então foi revelado o mistério a Daniel, numa visão, a noite; e Daniel louvou o Deus do céu, dizendo:
20 Seja bendito o nome de Deus de eternidade à eternidade, porque a sabedoria e a inteligência lhe pertencem.
21 Ele muda os tempos e as estações; ele nomeia os reis e os remove, dando sabedoria aos sábios e prudência àqueles que têm entendimento;
22 ele revela coisas secretas e profundas, conhecendo o que está em trevas; e a luz está com ele.
23 Dou graças a ti e te louvo, ó Deus de meus pais, pois me deste sabedoria e poder, fazendo-me conhecer as coisas que te pedimos; pois me fizeste conhecer a visão do rei.
24 Então Daniel foi ter com Arioque, ao qual o rei tinha constituído para matar os sábios de Babilônia, e disse-lhe: Não destruas os sábios de Babilônia. Conduz-me à presença do rei, e eu lhe declararei a interpretação.
25 Então Arioque, apressadamente, introduziu Daniel à presença do rei, e disse-lhe: Encontrei um homem, dos filhos dos cativos de Judá, que dirá a interpretação ao rei.
26 E disse o rei a Daniel, cujo nome era Beltessazar: Podes declarar-me o sonho que vi, e a sua interpretação?
27 Respondeu Daniel ao rei, dizendo: O mistério do qual o rei pede a explicação não está no poder de homens sábios, mágicos, encantadores ou adivinhos dar-lhe a conhecer.
28 Mas há um Deus no céu que revela mistérios, e ele fez saber ao rei Nabucodonosor as coisas que devem acontecer nos últimos dias. O teu sonho e as visões da tua cabeça quando te encontravas em teu leito são os seguintes,
29 ó rei; os teus pensamentos, quando estavas sobre a tua cama, dizem respeito ao que deve acontecer no futuro, e aquele que revela os mistérios te fez saber o que se virá a passar.
30 Entretanto, esse mistério não me foi revelado por causa de sabedoria que haja em mim além de todas as outras pessoas que vivem, mas por uma questão de dar a conhecer a interpretação ao rei, a fim de que entendesses os pensamentos do teu coração.
31 Tu, ó rei, estavas vendo, e eis uma imagem. Era ela grande e a sua aparência excelente, e estava em pé diante de ti; e o seu aspecto era terrível.
32 A cabeça da imagem era de ouro fino; suas mãos, o peito e os braços de prata; o ventre e as coxas de bronze;
33 as pernas de ferro; os pés, em parte de ferro e em parte de cerâmica.
34 Olhaste, até que uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos, de uma montanha, e feriu a estátua nos pés de ferro e de cerâmica, reduzindo-os a pó, completamente.
35 Então, de uma só vez, a cerâmica, o ferro, o bronze, a prata e o ouro foram triturados e tornaram-se como a palha da eira no verão. E a violência do vento os levou, não se achando lugar para eles. Mas a pedra que havia ferido a imagem tornou-se uma grande montanha, enchendo toda a terra.
36 Este é o sonho, e iremos dizer a sua interpretação, diante do rei.
37 Tu, ó rei, és rei de reis, a quem o Deus do céu tem dado um reino poderoso, forte e honrado,
38 em todo lugar onde os filhos dos homens habitam. Tem ele dado na tua mão as feras do campo, as aves do céu e os peixes do mar. Fez ele, de ti, o Senhor de todos.
39 Tu és a cabeça de ouro. Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu, e um terceiro reino, que é o bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra,
40 e um quarto reino que será forte como o ferro. Como o ferro transforma em pó e subjuga todas as coisas, assim irá ele transformar em pó e também subjugar.
41 Quanto ao que viste dos pés e dos dedos dos pés, em parte de cerâmica e em parte de ferro, isso será um reino dividido. Ainda haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois viste o ferro misturado com a cerâmica.
42 Contudo, assim como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de cerâmica, parte do reino será forte e parte dele quebradiço.
43 Considerando que viste o ferro misturado com a cerâmica, deverão ser misturados com a semente de homens, mas não terão um só pensamento, nem concordarão em tudo, assim como o ferro não se mistura com a cerâmica.
44 Todavia, nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será destruído; e o seu reino não passará a outro povo, mas deverá fazer em pedaços e moer a pó todos os outros reinos. E subsistirá para sempre.
45 Quanto ao que viste de uma pedra sendo cortada da montanha, sem auxílio de mãos e fazendo em pedaços a cerâmica, o ferro, o bronze, a prata e o ouro, o grande Deus fez saber ao rei o que deve acontecer no futuro. O sonho é verdadeiro, e fiel a sua interpretação.
46 Então o rei Nabucodonosor caiu sobre o seu rosto e adorou a Daniel, dando ordens para oferecer-lhe presentes e incenso.
47 E o rei disse a Daniel: Verdadeiramente, o teu Deus é o Deus dos deuses e o Senhor dos reis, que revela os mistérios; pois tens sido capaz de revelar este mistério.
48 Então o rei promoveu a Daniel, dando-lhe grandes e abundantes presentes, e colocou-o sobre a província de Babilônia, fazendo dele chefe sátrapa sobre todos os sábios de Babilônia.
49 Solicitou Daniel ao rei, e ele nomeou a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego acerca dos negócios da província de Babilônia. Daniel, porém, estava no palácio do rei.

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