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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Septuaginta - Daniel - Capítulo 4

1 O rei Nabucodonosor a todas as nações, tribos e línguas que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada.
2 Pareceu-me bem declarar-vos os sinais e as maravilhas que o Deus altíssimo operou comigo.
3 Quão grandes e poderosos são eles! O seu reino é um reino eterno, e o seu poder se estende por todas as gerações.
4 Eu, Nabucodonosor, estava feliz em minha casa, e prosperava.
5 E tive uma visão, o qual me assustou, ficando eu muito preocupado em minha cama; pois as visões da minha cabeça me perturbaram.
6 Fiz, então, um decreto para trazer diante de mim todos os sábios de Babilônia com o fim de que me fizessem saber a interpretação do sonho.
7 Vieram os encantadores, magos, adivinhos e caldeus, e narrei o sonho diante deles; todavia, eles não me fizeram saber a sua interpretação,
8 até que veio Daniel, cujo nome é Beltessazar, de acordo com o nome do meu Deus, que tem dentro de si o Espírito Santo de Deus, para quem eu disse:
9 Ó Beltessazar, chefe dos magos, do qual eu sei que o Espírito Santo de Deus está em ti, e que nenhum mistério é difícil demais para ti! Ouve a visão do sonho que tive e dá-me a sua interpretação.
10 Tive eu uma visão em minha cama: eis uma árvore no meio da terra, cuja altura era mui grande.
11 A árvore cresceu, grande e forte. A sua altura chegava até o céu e a sua extensão até a extremidade da terra;
12 as suas folhas eram formosas e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; sob ela as feras do campo se abrigavam e as aves do céu se alojavam nos seus ramos. E toda a carne se mantinha dela.
13 Olhei, na visão da noite, na minha cama, e eis que um vigia, um santo, descia do céu e clamava em alta voz, dizendo:
14 Cortai a árvore e arrancai-lhe os ramos, sacudi as suas folhas e espalhai o seu fruto. Que as feras sejam retiradas debaixo dela, e as aves dos seus ramos.
15 Deixai-lhe apenas o toco com as suas raízes na terra, atando-o com uma tira de ferro e de bronze. Ficará ele na relva, ao ar livre, exposto ao orvalho do céu, e a sua porção será com os animais selvagens na erva do campo.
16 Seu coração deverá ser mudado daquele de homem, e o coração de um animal selvagem lhe será dado; e sete tempos deverão passar sobre ele.
17 A sentença é por decreto do vigia, e a demanda uma palavra dos santos, para que os viventes possam saber que o Senhor é o mais alto sobre o reino dos homens. Ele o dará a quem lhe agradar, e estabelecerá sobre ele aquele que é desprezado dos homens.
18 Essa é a visão que eu, rei Nabucodonosor, vi. Declara-me, pois, Beltessazar, a sua interpretação, pois nenhum dos sábios do meu reino foi capaz de mostrá-la para mim; porém, tu, Daniel, és capaz de fazê-lo, pois o Espírito Santo de Deus está em ti! 
19 Então Daniel, cujo nome é Beltessazar, ficou atônito cerca de uma hora, e os seus pensamentos o perturbaram. E Beltessazar respondeu, dizendo: Senhor meu, que o sonho seja contra os que te odeiam, e a sua interpretação para os teus inimigos!
20 A árvore que viste, que cresceu grande e forte, cuja altura chegava até o céu e a sua extensão à toda a terra,
21 cujas folhas estavam crescendo e o seu fruto era abundante, havendo nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo se alojavam e as aves do céu se abrigavam em seus ramos,
22 és tu mesmo, ó rei! Porque tens crescido, tornando-te grande e poderoso, e a tua grandeza aumentou, chegando ao céu, e o teu domínio até os confins da terra.
23 Ora, enquanto o rei olhava, um vigia, um santo, desceu do céu, o qual disse: Cortai a árvore, destruindo-a; deixai-lhe tão somente o toco com as suas raízes na terra, atando-o com uma tira de ferro e de bronze. E que ele fique na erva, ao ar livre, exposto ao orvalho do céu. A sua porção será com os animais selvagens, até sete tempos se passarem sobre ele.
24 E esta é a interpretação, ó rei. É este um decreto do Altíssimo que virá sobre o rei, meu senhor:
25 irão expulsar-te de diante dos homens e a tua morada será com os animais selvagens; alimentar-te-ão com erva como ao boi, e terás o teu alojamento sob o orvalho do céu. Sete tempos passarão sobre ti, até que saibas que o Altíssimo é o Senhor do reino dos homens, e ele o dará a quem lhe agradar.
26 E, quanto ao que disseram, que deixassem o toco com as raízes da árvore, teu reino voltará para ti a partir do momento em que conheceres o poder dos céus.
27 Por isso, ó rei, que o meu conselho te seja agradável: expia os teus pecados por esmolas e as tuas iniquidades pela compaixão para com os pobres. Poderá ser que Deus irá mostrar longanimidade para com os teus pecados.
28 E todas estas coisas vieram sobre o rei Nabucodonosor.
29 Ao cabo de doze meses, enquanto ele andava em seu palácio na Babilônia,
30 falou o rei, dizendo: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para residência real, pela força do meu poder e para a honra da minha glória?
31 Ainda estava a palavra na boca do rei quando veio uma voz do céu, dizendo: A ti, rei Nabucodonosor, se diz: O reino afastou-se de ti.
32 Serás tirado dentre os homens e a tua morada será com os animais do campo; alimentar-te-ão com erva como a um boi, e sete tempos passarão sobre ti até que conheças que o Altíssimo é o Senhor do reino dos homens, e ele o dará a quem lhe agradar.
33 Na mesma hora a palavra se cumpriu sobre Nabucodonosor, sendo ele expulso dentre os homens. Passou a comer relva como um boi, e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceram os cabelos como as jubas dos leões e as suas unhas como as garras das aves.
34 Porém, no final daquele tempo, eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu e a minha razão voltou para mim. Então eu bendisse ao Altíssimo, louvando ao que vive para sempre e dando-lhe glória, porque o seu domínio é um domínio eterno, e o seu reino dura de geração em geração.
35 Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada, pois faz de acordo com a sua vontade no exército do céu e nos moradores da terra; e não há ninguém que possa opor-se ao seu poder, e dizer-lhe: O que fizeste?
36 Naquele tempo a minha razão retornou para mim, e vim para a honra do meu reino. Minha forma natural voltou-me, meus príncipes e meus nobres me buscaram e fui estabelecido no meu reino. E majestade ainda mais abundante me foi acrescentada.
37 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto sobremaneira e glorifico ao Rei do céu, pois todas as suas obras são verdadeiras e os seus caminhos são justos; e a todos os que andam na soberba ele é capaz de humilhar.

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