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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Septuaginta - Jó - Capítulo 31

1 Fiz um pacto com os meus olhos, e não irei fixar meu pensamento numa donzela.
2 Contudo, agora, que recompensa tem Deus mandado lá de cima? Haverá uma herança dada pelo Poderoso, desde o mais alto?
3 Ai de mim! Não virá a destruição para o perverso, e a rejeição para os que praticam a iniquidade?
4 Não verá ele o meu caminho e contará todos os meus passos?
5 Entretanto, se eu tivesse ido com os escarnecedores, e se o meu pé se tivesse apressado para ir após o engano
6 (pois sou pesado em balança justa, e o Senhor conhece a minha inocência);
7 se o meu pé se tivesse desviado do caminho, ou se o meu coração tivesse seguido os meus olhos; ou se, ainda, eu tivesse tocado em subornos com as minhas mãos...
8 que eu semeasse, então, para que outros comessem, e fosse arrancado da terra!
9 Se o meu coração tem ido atrás da esposa de outro homem, e se armei traições às suas portas,
10 então que a minha esposa também agrade a outro, e que os meus filhos sejam humilhados.
11 Porquanto a ira extrema não pode ser restringida, no caso de se profanar a esposa de outro homem. 
12 É ela um fogo que queima por todos os lados, e a quem ataca destrói completamente.
13 E se eu também desprezei o julgamento do meu servo ou da minha serva quando eles me imploravam,
14 o que, então, eu faria se o Senhor me tentasse? Pois neste caso, se ele resolver visitar-me, como lhe responderei?
15 Não foram eles formados como também eu fui formado no ventre? Sim, fomos formados num útero semelhante.
16 Mas os indefesos não perderam aquilo de que necessitavam, e eu não fiz com que o olho da viúva viesse a desfalecer.
17 E se, ainda mais, comi o meu bocado sozinho, não o repartindo com o órfão
18 (pois alimentei-os como um pai, desde a minha juventude, e os guiei desde o ventre de minha mãe);
19 e se também negligenciei o nu quando ele estava perecendo, deixando de vesti-lo;
20 e se os pobres não me abençoaram, pois não se aquentavam os seus ombros com os velos dos meus cordeiros;
21 e se levantei a mão contra o órfão, confiando em que a minha força era muito superior à sua:
22 que o meu ombro se separe da minha escápula, e o meu antebraço seja arrancado do seu cotovelo!
23 Porque o temor do Senhor me haveria constrangido, e eu não o poderia suportar, por causa de seu mandado.
24 Se eu fiz do ouro o meu tesouro, e se muito confiei na pedra preciosa;
25 se me alegrei em demasia quando a minha riqueza era abundante, colocando, ainda, a minha mão sobre inúmeros tesouros
26 (não vemos o sol brilhante a eclipsar-se, e a lua minguando? Todavia eles não tem poder para continuar);
27 e se o meu coração estava secretamente enganado, e coloquei a minha mão sobre a boca, enviando-lhes beijos:
28 que isso também seja contado para mim como a maior iniquidade, porquanto eu teria mentido contra o Senhor, o Altíssimo.
29 E se, ainda, eu tiver ficado contente com a queda dos meus inimigos, e o meu coração houver dito: Ah!
30 Que, então, os meus ouvidos ouçam a minha maldição, e seja eu um provérbio entre o meu povo, na minha angústia.
31 E se também as minhas servas disseram, muitas vezes: Ó, se pudéssemos satisfazer-nos com a sua carne! (porquanto eu era mui gentil,
32 pois o estrangeiro não passava a noite fora, e a minha porta estava sempre aberta para todos os que desejavam entrar);
33 ou se, também, tendo pecado de forma não intencional eu escondi o meu pecado
34 (porquanto não fiquei temeroso de uma grande multidão, de modo a não declarar-me, corajosamente, diante deles); e se eu, ainda mais, permiti que um pobre homem saísse de minha porta com o seio vazio
35 (ó, que eu tivesse quem me escutasse!); e se não temi a mão do Senhor, e quanto à acusação por escrito que eu tinha contra qualquer um,
36 a houvesse colocado como uma condecoração sobre os meus ombros, tendo-a lido
37 (se eu não a tivesse lido e devolvido em seguida, nada tendo tirado do devedor);
38 e se, em algum momento, a terra gemeu contra mim e os seus sulcos lamentaram juntos,
39 pois comi a sua produção sozinho sem pagar nada; e se também entristeci o coração do proprietário do solo, tomando-lhe alguma coisa:
40 neste caso, nasça a urtiga para mim em vez do trigo, e um espinheiro em lugar da cevada! Então Jó cessou de falar.

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