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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Septuaginta - Jó - Capítulo 6

1 Então Jó respondeu, dizendo:
2 Quem dera alguém, de fato, pesasse a ira que está sobre mim, e ajuntasse as minhas mágoas em uma balança!
3 Em verdade, elas seriam mais pesadas do que a areia à beira-mar. Contudo, como parece, são vãs as minhas palavras,
4 porque as flechas do Senhor estão no meu corpo, das quais a violência suga o meu sangue. Pois sempre, quando abro a minha boca para falar, elas me perfuram.
5 E então? Zurrará o burro selvagem por nada, se não estiver em busca de comida? Ou, ainda, entristecer-se-á o boi perto da sua manjedoura, se ele tiver nela forragem?
6 Comer-se-á o pão sem sal? ou haverá gosto em palavras vazias?
7 A minha indignação não pode abater-se, pois percebo a minha comida como o cheiro repugnante de um leão.
8 Quem dera ele concedesse o meu desejo e a minha petição fosse atendida. Que o Senhor respondesse à minha esperança!
9 Levante-se o Senhor para ferir-me; contudo, que ele não me destrua totalmente.
10 Seja o túmulo a minha cidade, havendo eu saltado sobre os seus muros. Não recuarei dele, porquanto não tenho negado as palavras sagradas do meu Deus.
11 Pois qual é a minha força para que continue? Qual é o meu tempo, em que minha alma deva resistir?
12 É a minha força a mesma da pedra? ou é de bronze a minha carne?
13 Ou não tenho eu confiado nele? Entretanto, o socorro está longe de mim.
14 A misericórdia rejeitou-me, e a visitação do Senhor me tem ignorado;
15 os meus parentes mais chegados não me deram atenção. Passaram por mim como um riacho que se esvai, ou como uma onda.
16 Eles, que costumavam reverenciar-me, agora vieram contra mim como neve ou gelo endurecido,
17 o qual, derretendo-se com a aproximação do calor, não se sabe mais o que foi.
18 Assim eu, igualmente, fui abandonado de todos. Estou arruinado, tendo me tornado um pária.
19 Atentai aos caminhos dos temanitas, vós que conheceis as sendas dos sabeus!
20 Também aqueles que põem a sua confiança em cidades e riquezas virão a ser envergonhados.
21 Entretanto, da mesma forma, vós viestes a mim sem piedade; pois, contemplando as minhas feridas, estais temerosos.
22 Pois quê? Tenho eu feito qualquer demanda de vós? ou tenho vos pedido forças,
23 a fim de livrar-me dos meus inimigos, ou para resgatar-me das mãos dos poderosos?
24 Ensinai-me, e ficarei em silêncio; se tenho errado em alguma coisa, dizei-me.
25 Todavia, ao que parece, as palavras de um homem verdadeiro são vãs, uma vez que não mereço os vossos ataques.
26 Não irá a vossa repreensão fazer com que cessem as minhas palavras, e nem acolherei o som da vossa voz;
27 pois atacais o órfão e insultais aquele que é vosso amigo.
28 Agora, porém, tendo olhado em vossos semblantes, não mentirei.
29 Assentai-vos, e não permitais que haja injustiça, unindo-vos novamente com o justo;
30 pois não há injustiça na minha língua. Não procede da minha garganta o entendimento?

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